Abel Ferreira, após vitória: “eu não estou aqui para inventar, estamos aqui para montar um time para ganhar”

Após a vitória por 1 a 0 sobre o Bragantino, Abel Ferreira falou sobre a dificuldade da partida

Após a vitória por 1 a 0 sobre o Bragantino, Abel Ferreira abordou a complexidade do jogo, enalteceu Pedro Caixinha, elogiou seu elenco e criticou a Federação Paulista de Futebol.

Quando questionado sobre a destacada atuação dos jogadores da base, Abel declarou: “Eu cobro igual de todos, seja o Luiz, seja o Estevão ou seja o (Marcos) Rocha; todos são jogadores do Palmeiras. Se eu pudesse, colocaria todos para jogar, mas infelizmente a FIFA impôs regras e eu só posso colocar 11 no início e substituir 5. Se eu pudesse, colocaria os 24 e os 3 goleiros, pois sei o quanto eles treinam.”

Abel enfatizou: “Na nossa equipe não existem titulares, temos um grupo preparado para servir a equipe. Também não podemos esquecer que jogamos fora contra uma equipe que no ano passado brigou até os dois últimos jogos pelo título (do Brasileirão). Quero que esses jogadores confiem tanto neles próprios quanto eu confio neles. Eu poderia ter chegado aqui e trocado toda a equipe, e mesmo se tivéssemos perdido, pois pode acontecer, ficaria feliz se eles jogassem para ganhar, seja onde for e contra quem for, pois acredito no jogo coletivo.”

O técnico alviverde também elogiou o bom estado do gramado do Nabi Abi Chedid: “Quero dar parabéns aos funcionários que cuidam desse gramado, porque choveu, não ficou encharcado, ótimo para jogar um jogo bem trabalhado taticamente. O Caixinha tentou me surpreender tirando o Lucas, mas estávamos preparados. No segundo tempo, com mais ritmo de jogo, acabamos sendo felizes com a oportunidade de um belo gol que nos deu a vitória.”

Quando questionado sobre Luis Guilherme como possível substituto de Veiga, Abel afirmou: “Os jogadores às vezes jogam bem, outras vezes menos bem; eles sabem que acreditamos neles todos. Foi um jogo onde ele esteve menos inspirado, teve menos espaço por estar sendo marcado por um jogador vinte anos mais velho do que ele. Eles têm que entender que acabou a base; eles não jogam mais contra jogadores de 17 anos, jogam contra homens de 30. Se eu puser um jogador desse para jogar de 7, 10 ou 8, vocês dirão que estou querendo inventar, e eu não estou aqui para inventar, estou aqui para preparar minha equipe para ganhar. É ir ao encontro do que o jogo está dando e olhar as peças que estão em campo. O problema é que vocês querem fazer parecer fácil, e não é fácil; vamos perder e ganhar, ganhar e perder, os jogadores vão jogar bem algumas vezes e mal outras, eles têm que estar preparados para jogar, um minuto, um segundo ou noventa minutos como foi.”

Ao ser questionado sobre a Supercopa Rei, contra o São Paulo, no próximo domingo (4), Abel reclamou: “Infelizmente, temos um dia a menos para nos prepararmos. Vamos começar a preparação amanhã. São duas equipes da Federação Paulista que vão jogar, e mesmo assim tivemos um dia a menos para nos prepararmos. A forma como o calendário foi feito, sabendo desde o ano passado quando esse jogo seria feito, foi mudado inclusive, pela televisão. Agradeço a eles, mas existe muito em disputa. Estamos trabalhando há um mês. É um jogo único, um jogo decisivo, e vamos nos preparar para ele como sempre fizemos.”