Santos ficou ‘surpreso’ com multa rescisória de Carille e garante: ‘Não há assédio’

Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (8), o presidente do Santos, Marcelo Teixeira, falou sobre a situação do técnico Fábio Carille.

Conforme declarou o dirigente, o treinador está conduzindo suas atividades normalmente no CT Rei Pelé, apesar do V-Varen Nagasaki, clube japonês com o qual o técnico mantém contrato, continuar insistindo no pagamento da multa rescisória.

Teixeira afirmou que o Santos ficou “surpreso” com a nota oficial recente emitida pelo time asiático e ressaltou que enviou um representante do departamento jurídico ao Japão para obter esclarecimentos mais detalhados sobre a situação.

O objetivo da gestão do clube é resolver todas as pendências com o V-Varen para regularizar a situação de Carille antes da estreia no Campeonato Paulista, programada para o dia 20 de janeiro.

“A surpresa é nossa também porque nós temos contato com o representante do profissional a partir de dezembro. Ele fez suas colocações em relação aos contatos feitos com o representante do clube japonês. Existiam uma série de situações, como pendências do clube japonês com o técnico, em relação à insatisfação do técnico. Isso foi em dezembro”, começou o presidente.

“Posteriormente, em janeiro, o clube japonês emitiu uma nota aguardando a apresentação do técnico. Acionamos o nosso jurídico. Vamos avaliar os documentos. Nós já pedimos que um representante do Santos esteja no Japão para acompanhar e dar atenção ao clube japonês. Queremos dar transparência ao que fizemos em relação ao representante do técnico. Para nossa surpresa, parece que não houve esse desfecho. Existe uma possível multa, que ainda não temos conhecimento”, continuou.

“O Santos vem acompanhando o processo e está no Japão para manter as boas relações. Não queremos nenhum tipo de problema, mas queremos que o desfecho seja benéfico para as partes. O jurídico está viabilizando a contratação sem prejuízo ao Santos. Não há nenhum tipo de assédio ao profissional”, assegurou.

“O primeiro jogador japonês a jogar no Brasil foi o Kazu, temos relação com o futebol japonês. Fizemos parte da comissão da Fifa, temos relações com entidades relacionadas ao Japão e não queremos iniciar a gestão com problemas relacionados ao profissional. Acompanharemos para que, aí sim, o Santos possa divulgar que a questão está resolvida ou se é necessário alguma manobra jurídica para resolver alguma pendência”, complementou.

O Santos entrará em campo para a estreia no Paulistão no dia 20 de janeiro, às 18h (de Brasília), contra o Botafogo-SP, em Ribeirão Preto.