Santos é condenado a seis jogos longe da Vila e de portões fechados

Peixe foi julgado pelos incidentes em jogos da última rodada do Brasileiro e clube cumprirá punição na Série B

A 3ª comissão disciplinar do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) concluiu o julgamento nesta quarta-feira (31) envolvendo o Santos, referente à confusão ocorrida na Vila Belmiro durante a partida contra o Fortaleza, pela 38ª rodada do Campeonato Brasileiro, que ficou marcada pelo inédito rebaixamento do clube.

O Santos foi punido com a determinação de mandar seis jogos fora da Vila Belmiro, além de ter que realizá-los com portões fechados durante a Série B. Adicionalmente, o clube recebeu uma multa no valor de R$ 100 mil. O Peixe planeja recorrer da decisão ao pleno do STJD. A denúncia foi feita com base no artigo 213 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que trata de “deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir”.

No início do julgamento, o procurador do caso, Rafael Bozzano, solicitou a pena máxima do artigo, que seria de 10 jogos de perda de mando de campo, além da multa. Bozzano destacou que esta foi a quarta vez que o Santos foi julgado por confusões nos últimos anos, incluindo incidentes após clássicos contra o Corinthians e, no passado, contra o Grêmio.

Em resposta, o advogado do Santos, Luis Eduardo Barbosa, argumentou que o clube fez tudo ao seu alcance para evitar a confusão e pediu a absolvição do Peixe. Ele ressaltou o artigo 183, destacando que foi uma única ação que gerou consequências, e argumentou que não houve acumulação de punições. O advogado também salientou que o clube não pode ser responsabilizado pelo que ocorre fora do estádio, já que isso é de responsabilidade da polícia.

Após quase duas horas de julgamento, a decisão final estabeleceu a punição ao Santos, com a perda de seis jogos de mando de campo e a realização deles com portões fechados, além da multa de R$ 100 mil.