Defesa do Barcelona vira ‘avenida’ e dificulta continuidade de Xavi para próxima temporada

Eliminação na Copa do Rei expôs desorganização da equipe no sistema defensivo e também ofensivo

A saída do Barcelona na Copa do Rei da Espanha gerou pressão sobre o treinador Xavi, não apenas pelos resultados, mas também pelo desempenho recente, especialmente no sistema defensivo, que era considerado um ponto forte na última temporada.

Para contextualizar, na temporada 2022/2023, o clube catalão encerrou como a defesa mais sólida das cinco principais ligas europeias, sofrendo apenas 20 gols em 38 rodadas. Nesta temporada, em apenas 20 jogos da La Liga, o Barcelona já sofreu 24 gols, praticamente ultrapassando a metade dos jogos da temporada anterior.

Além disso, a equipe de Xavi teve a oportunidade de terminar a última temporada como a defesa menos vazada da história das principais ligas, superando o Chelsea de 2004/2005, que sofreu apenas 15 gols na Premier League sob o comando de José Mourinho, conhecido por organizar defesas sólidas.

Apenas em 2024, nos sete jogos disputados até agora, o Barcelona sofreu 11 gols, com a defesa não mantendo sua solidez. Aspectos como o desempenho abaixo do esperado de jogadores como Ronald Araújo têm contribuído para essa queda.

Coletivamente, a defesa tem enfrentado problemas táticos, como o sistema de “faltas táticas” não funcionando efetivamente. Quando a marcação na saída de bola falha, os defensores do Barcelona ficam vulneráveis ao contra-ataque, mal posicionados e sem cobertura.

Após a eliminação na Copa do Rei, o Barcelona concentra suas esperanças na Uefa Champions League e na La Liga. Xavi afirmou em entrevista coletiva que pode deixar o clube se não conquistar títulos ou, pelo menos, se a equipe não mostrar competitividade. Assim, reorganizar a defesa se torna uma prioridade para o treinador, caso contrário, sua permanência pode ser questionada no meio do ano.