Bicampeão mundial com a Alemanha, Beckenbauer morre aos 78 anos

Lenda do futebol alemão conquistou as Copas de 1974, como atleta, e 1990, como treinador; na década de 1970, formou dupla com Pelé nos Estados Unidos

No domingo, aos 78 anos, faleceu Franz Beckenbauer, uma lenda do futebol, capitão da seleção alemã que conquistou a Copa de 1974 e treinador da equipe nacional na Copa de 1990. Sua família anunciou que ele morreu enquanto dormia. Conhecido por sua excelência técnica, o zagueiro também brilhou no meio de campo, deixando uma marca inesquecível no Bayern de Munique.

Nos últimos anos, Beckenbauer afastou-se da vida pública para preservar sua saúde, especialmente após acusações de envolvimento em irregularidades para garantir a Copa do Mundo de 2006 para a Alemanha. As alegações envolviam possíveis pagamentos e contratos indevidos para obter vantagem na escolha da sede.

Beckenbauer é um dos três únicos na história a vencer a Copa do Mundo como jogador e treinador, juntando-se a Zagallo, falecido na última sexta-feira, e a Didier Deschamps. O “Kaiser” foi duas vezes campeão como jogador, uma como treinador e também como coordenador.

Além de seu sucesso na seleção, Beckenbauer foi ídolo no Bayern de Munique, conquistando três Ligas dos Campeões, quatro Campeonatos Alemães e quatro Copas da Alemanha durante sua longa passagem pelo clube bávaro de 1964 a 1977.

Além do Bayern, Beckenbauer defendeu o Hamburgo na Alemanha e também jogou nos Estados Unidos, atuando pelo New York Cosmos. Em 1977, ao lado de Pelé, conquistou a Liga Americana, sendo eleito o melhor jogador dos Estados Unidos naquele ano.

Após sua aposentadoria como jogador, Beckenbauer tornou-se treinador, guiando a seleção alemã ocidental ao título da Copa de 1990. Ele também treinou clubes como Olympique de Marselha e Bayern de Munique, onde não conquistou a Liga dos Campeões, mas celebrou títulos nacionais.

Seu nome foi envolvido em um escândalo de corrupção em 2016, relacionado à campanha da Alemanha para sediar a Copa de 2006. Beckenbauer sempre negou as acusações de fraude, gestão criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação indevida, mas foi alvo da investigação.